quarta-feira, 6 de março de 2019

NEURINTEGRATIVA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital ...

NEURINTEGRATIVA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE:

Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital ...
: Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital  H á benefícios e malefícios em relação ao uso da tecnologia d...


Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital 



Há benefícios e malefícios em relação ao uso da tecnologia digital. É de fundamental importância a informação adequada que os profissionais de saúde e educação devem enfatizar para as famílias, crianças e adolescentes sobre este assunto.

As tecnologias da informação e comunicação estão transformando o mundo à nossa volta e os comportamentos e relacionamentos de todas as pessoas. Buscar informações e adquirir novos conhecimentos são tarefas quase instantâneas, no clicar do teclado ou no deslizar dos dedos num telefone celular.

Crianças e adolescentes fazem parte da geração digital e usam os dispositivos, aplicativos, videogames e a Internet cada vez mais em idades precoces e em todos os lugares.

No Brasil, a Constituição Federal (1988) no artigo 5o inciso X, assegura proteção à privacidade e, no artigo 227o, a proteção integral da criança e do adolescente como prioridade absoluta de acordo com a Convenção dos Direitos da Criança aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (1989). 

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8069 de 1990, em seus artigos 240 e 241 descreve como crime a produção de fotos, imagens ou transmissão de conteúdo com cenas de sexo explícito ou pornografia e foram alterados pela Lei 10.764 de 2003 para incluir a ilicitude da conduta no âmbito da Internet e tornar as penas mais graves. 
O artigo 73o do ECA prevê ainda, que a inobservância às normas de prevenção aos direitos da criança importará em responsabilidade da pessoa física ou jurídica, nos termos da Lei.

A recente Lei no 12.965 de 2014 – o Marco Civil da Internet em seu artigo 29o – explicita a necessidade do controle e vigilância parental e a educação digital, como formas de proteção frente às mudanças tecnológicas, em especial sobre os impactos provocados nas famílias e, especificamente, nas rotinas e vivências das crianças e dos adolescentes. 

Porém, tanto os pais como os educadores nas escolas precisam aprender como exercer esta mediação e serem alertados sobre os riscos e os limites necessários para assumirem esta responsabilidade. Além disso, as crianças e adolescentes devem ser informados das necessidades de hábitos saudáveis, de modo sistemático. 

A Lei 13.185 de 2015 – institui o programa de combate à intimidação sistemática e fatos ou imagens que depreciem, incitem à violência, adulteração de fotos ou dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial (bullying) ou através da rede mundial de computadores (cyberbullying), pois este fato vem se tornando frequente e apresenta consequências perigosas.

Estudos científicos comprovam que a tecnologia influencia comportamentos através do mundo digital, modificando hábitos desde a infância, que podem causar prejuízos e danos à saúde. 


  • O uso precoce e de longa duração de jogos online, redes sociais ou diversos aplicativos com filmes e vídeos na Internet pode causar dificuldades de socialização e conexão com outras pessoas e dificuldades escolares; 
  • a dependência ou o uso problemático e interativo das mídias causa problemas mentais, aumento da ansiedade, violência, cyberbullying, transtornos de sono e alimentação, sedentarismo, problemas auditivos por uso de headphones, problemas visuais, problemas posturais e lesões de esforço repeti- tivo (LER); 
  • problemas que envolvem a sexualidade, como maior vulnerabilidade ao grooming e sexting, incluindo pornografia, acesso facilitado às redes de pedofilia e exploração sexual online
  • compra e uso de drogas, pensamentos ou gestos de autoagressão e suicídio; 
  • além das “brincadeiras” ou “desafios” online que podem ocasionar consequências graves e até o coma por anóxia cerebral ou morte.
Dados e indicadores da pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da internet (CGI) e o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação (Cetic.br), a TIC KIDS ONLINE-Brasil de 2015 estudaram, em entrevistas domiciliares nos 350 municípios das cinco regiões do Brasil, 3068 famílias selecionadas em amostragem estratificada com os pais de crianças e adolescentes entre 9 a 17 anos de idade

Do universo de 29.7 milhões nesta faixa etária, 23.7 milhões ou 80% são usuárias da Internet

  • 97% nas classes sociais A e B, 
  • 85% na classe C 
  • 51% nas classes D e E. 
O uso diário é intenso e 66% acessam a Internet mais de uma vez ao dia. O telefone celular se tornou o principal dispositivo em 83%, além dos computadores de mesa, tablets ou computadores portáteis ou consoles para videogames. 

Importante observar que 1 em cada 3 crianças e adolescentes ou 31% da amostra acessaram a Internet apenas por meio do telefone celular, 86% em casa, 73% na casa de outra pessoa, 31% na escola e 19% em lanhouses

Dados relevantes e demonstrativos dos danos à saúde podem ser resumidos, como: em 37%viram alguém ser discriminado na Internet, nos últimos 12 meses ou 8,8 milhões de crianças e adolescentes que são expostos aos discursos de ódio, intolerância e violência, além de 20% que foram tratadas de forma ofensiva na internet, caracterizando uma das formas de cyberbullying.

PROBLEMAS ENCONTRADOS NA AMOSTRA:

  •  21% dos adolescentes deixaram de comer ou dormir por causa da internet,
  • 17% procuraram informações sobre formas de emagrecer, 
  • 10% formas para machucar a si mesmo (self-cutting)
  • 8% relataram formas de experimentar ou usar drogas e 
  • 7% formas de cometer suicídio. 
Muitos outros dados merecem nossa reflexão, como: 

  • 77% enviam mensagens instantâneas ou usam as redes sociais quando sozinhos e 
  • 61% já postaram fotos ou vídeos na Internet,
  • 39% já tiveram contato com pessoas que não conheciam pessoalmente e 
  • 18% encontraram com desconhecidos – sendo que na faixa etária entre 15-17 anos este dado aumenta para 27% – além de 
  • 21% já terem repassado informações pessoais para outras pessoas que só tiveram contato a partir da relação online
  • 11% das famílias, os pais nada sabiam sobre as atividades de seus filhos 
  • 41% sabiam mais ou menos, demonstrando os problemas de segurança e de privacidade de crianças e adolescentes que assim estão expostos numa rede totalmente incontrolável e acessível em qualquer momento ou horário ou de qualquer lugar.

" Desconectar. Dialogar. Aproveitar oportunidades aos finais de semana e durante as férias para conviver com a família, com amigos e dividir momentos de prazer sem o uso da tecnologia, mas com afeto e alegria." 


A SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP), RECOMENDA:
  • O tempo de uso diário ou a duração total/dia do uso de tecnologia digital seja limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento cerebral-mental-cognitivo-psicossocial das crianças e adolescentes.
  • Desencorajar, evitar e até proibir a exposição passiva em frente às telas digitais, com exposição aos conteúdos inapropriados de filmes e vídeos, para crianças com menos de 2 anos, principalmente, durante as horas das refeições ou 1-2 h antes de dormir.
  • Limitar o tempo de exposição às mídias ao máximo de 1 hora por dia, para crianças entre 2 a 5 anos de idade. 
  • Crianças entre 0 a 10 anos não devem fazer uso de televisão ou computador nos seus próprios quartos. 
  • Adolescentes não devem ficar isolados nos seus quartos ou ultrapassar suas horas saudáveis de sono às noites (8-9 horas/noite/fases de crescimento e desenvolvimento cerebral e mental). Estimular atividade física diária por uma hora.
  • Crianças menores de 6 anos precisam ser mais protegidas da violência virtual, pois não conseguem separar a fantasia da realidade. 
  • Jogos online com cenas de tiroteios com mortes ou desastres que ganhem pontos de recompensa como tema principal, não são apropriados em qualquer idade, pois banalizam a violência como sendo aceita para a resolução de conflitos, sem expor a dor ou sofrimento causado às vítimas, contribuem para o aumento da cultura de ódio e intolerância e devem ser proibidos.
• Estabelecer limites de horários e mediar o uso com a presença dos pais para ajudar na compreensão das imagens. Equilibrar as horas de jogos online com atividades esportivas, brincadeiras, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza.
• Conversar sobre as regras de uso da Internet, configurações para segurança e privacidade e sobre nunca compartilhar senhas, fotos ou informações pessoais ou se expor através da utilização da webcam com pessoas desconhecidas, nem postar fotos íntimas ou nudes, mesmo com ou para pessoas conhecidas em redes sociais.
• Monitorar os sites/programas/aplicativos/filmes/vídeos que crianças e adolescentes estão acessando/visitando/trocando mensa- gens, sobretudo em redes sociais. Manter os computadores e os dispositivos móveis em locais seguros, e ao alcance das responsabi- lidades dos pais (na sala) ou das escolas (durante o período de aulas).
• Usar antivírus, antispamantimalware esoftwares atualizados ou programas que servem de filtros de segurança e monitoramento para palavras ou categorias ou sites. Alguns restringem o tempo de uso de jogos online e o uso de aplicativos e redes sociais por faixa etária. Ainda assim, é importante explicar com calma e sem amedrontar as crianças e adolescentes sobre quais são os motivos e perigos que existem na Internet, espaço vazio e virtual e onde nem tudo é o que parece ser!
• Aprender / Ensinar a bloquear mensagens ofensivas ou inapropriadas, redes de ódio, violência ou intolerância ou vídeos com conteúdos sexuais e como denunciar cyber- bullying em helplines ou através da SAFERNET ou disque-denúncia tel. 100.
• Conversar sobre valores familiares e regras de proteção social para o uso saudável, crítico, construtivo e pró-social das tecnologias usando a ética de não postar qualquer mensagem de desrespeito, discriminação, intolerância ou ódio.

Artigo baseado na Cartilha da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), para adequação ao uso de mídias digitais pelas crianças e adolescentes.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

NEURINTEGRATIVA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Dra Marcela Cavalcanti - CRM 32.319

ATENDIMENTO UNIMED
Rua Cristina, 155 - Anchieta
Belo Horizonte - MG
31 2555-0350

PARTICULARES
Alameda Serra da Mantiqueira 1298
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31 98791-0655

neuro.infantil@ymail.com

domingo, 24 de fevereiro de 2013


Um dos motivos para que as pessoas busquem uma avaliação de um neuropediatra é quando ocorre alteração no processo de desenvolvimento do bebê ou da criança.
Os pais, tios, amigos e até o berçário podem perceber um atraso e sugerir uma consulta. O mais comum no entanto é a percepção por parte dos pediatras que avaliam os bebês mensalmente medindo o tamanho da cabeça e acompanhando o crescimento e aquisição dos marcos do desenvolvimento. O sono e hábitos alimentares além de características emocionais e comportamentais também são analisadas. Cada criança segue um processo muito particular e único de crescimento e desenvolvimento. Geralmente este processo é o reflexo das características genéticas, influências externas, estímulos ambientais e das condições de saúde física da criança. E, mesmo dentro desta singularidade alguns padrões de normalidade devem ser considerados a fim de se detectar precocemente condições que possam atrapalhar o bom desempenho da criança e o encaminhamento para tratamento e estímulos em tempo hábil muda consideradamente o resultado final.

Portanto, caso perceba alguma alteração ou se sintam inseguros após observar algumas características ou perceber que a sua criança não cumpre com os padrões básicos dentro da normalidade, busquem uma avaliação de um bom pediatra ou de um neuropediatra o mais rápido possível. Algumas orientações dadas pelos profissionais podem ser cruciais para melhorar as condições ambientais (opções de estímulos, por exemplo) e favorecer o crescimento/desenvolvimento da criança. Além disso, caso haja uma condição patológica, o diagnóstico precoce é importante para que as devidas soluções sejam tomadas e os pais se sintam seguros e bem orientados.

CRESCIMENTO

Crescimento significa aumento físico do corpo, medido em centímetros (altura) ou gramas (peso); ele traduz o aumento em tamanho e número de células.

0 - 12 meses

Tabelas de crescimento (12 meses) são diferentes para meninos e meninas como se seguem abaixo:

PESO


ESTATURA

PERÍMETRO CEFÁLICO


PESO

ESTATURA


PERÍMETRO CEFÁLICO


DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento é a capacidade do ser de realizar funções cada vez mais complexas; ele corresponde a termos como maturação e diferenciação celular

DNPM


Desenvolvimento da Linguagem


Exame neurológico Evolutivo (Até 7 anos, resumido)



Coordenação  motora - Grafismo



DICAS DE ESTIMULAÇÃO PARA OS BEBÊS



1. Música clássica

“A música traz uma tremenda qualidade organizacional para o cérebro”, argumenta Don Campbell, músico clássico que já escreveu mais de 20 livros sobre música, saúde e educação, incluindo “O Efeito Mozart” (Editora Rocco) e “The Mozart Effect for Children”. Referindo-se ao trabalho do médico francês Alfred Tomatis de terapia musical para crianças com dislexia, transtornos de déficit de atenção e autismo na metade do século 20, Campbell acredita que a música não muito emocional, nem ritmada demais, exerce uma influência multifacetada sobre a pessoa, da modulação do humor ao alívio do estresse. “Tenho certeza que a música melhora nossa inteligência”, ele completa.



2. Massagem (Shantala)

Os bebês adoram o contato de pele com pele. Esse tipo de contato é essencial -- contribui para que eles cresçam e se desenvolvam. Além de deixar você e seu filho ainda mais unidos, a massagem alivia a criança quando ela está irritada ou com cólica. 


3. Canguru ou sling